Produção global de ração cresce, mas aquicultura ainda recua 1f5r1b
No Brasil, todos os setores registraram crescimento, com destaque para a aquicultura, que avançou 8,6% 161c22
03 de junho de 2025 5j611r
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Após um período de estagnação em 2023, a indústria global de rações deu sinais de recuperação no último ano. O Alltech Agri-Food Outlook 2025, levantamento anual da Alltech baseado em dados de mais de 28 mil fábricas de ração em 142 países, revela um aumento de 1,2% na produção mundial, que chegou a 1,396 bilhão de toneladas em 2024. Já a aquicultura registrou uma queda global de 1,1% em relação a 2023, mas avançou em mercados como África e Europa.
Conforme o relatório, apesar de eventos como surtos sanitários, flutuações climáticas e incertezas econômicas, o setor de produção de ração demonstrou resiliência e capacidade de adaptação, com ganhos consistentes em segmentos-chave, como ruminantes e pet food.
Com um crescimento de 3,6% em relação ao ano anterior, a América Latina foi uma das regiões com melhor desempenho na produção de rações em 2024, totalizando 198,4 milhões de toneladas. No Brasil, terceiro maior produtor mundial, a produção de ração animal atingiu 86,6 milhões de toneladas, um avanço de 2,4% frente a 2023.
Aquicultura global: retração pontual, avanço regional
A produção global de ração para aquicultura caiu 1,1% em 2024, ampliando a tendência de queda iniciada no ano anterior. No entanto, enquanto Ásia-Pacífico (-1,7%) e América do Norte enfrentaram desafios sanitários, eventos climáticos e pressão de custos, mercados como Europa e África registraram expansão na produção de ração aquícola.
O setor de aquicultura latino-americano caiu 2,3%, principalmente devido a novas regulamentações sobre impostos de importação e ao declínio do uso de ração para camarão no Equador. Apesar desses contratempos, outros países latino-americanos — como Chile e Peru — se beneficiaram de condições biológicas favoráveis, que ajudaram a aumentar a produção, incluindo temperaturas mais frias da água.
No Brasil, todos os setores registraram crescimento — com destaque para a aquicultura, que avançou 8,6%. Bovinos de corte cresceram 7%, aves de postura, 6,5%; pets, 3,4%; frangos de corte, 1,6%; bovinos de leite, 1,5%; e suínos, 1,0%. Apenas o setor de equinos se manteve estável.
Além disso, conforme o relatório, os incentivos governamentais que promovem a aquicultura em países como Brasil e Chile — incluindo subsídios para a produção de ração e apoio às atividades de exportação — podem ajudar a impulsionar a recuperação nos próximos anos.
As projeções indicam que a demanda por produtos da aquicultura na América Latina deve permanecer robusta. O estudo frisa, no entanto, que o crescimento da indústria pode depender de ajustes regulatórios e de ganhos de eficiência nos principais mercados.
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Créditos na imagem: Seafood Brasil
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