Abras aponta que Consumo nos Lares cresceu 1,25% em abril h3z3e
Alta acumulada do ano chega a 2,52%; Páscoa, impacto do FGTS e benefícios sociais explicam o aumento do consumo 3a256j
06 de junho de 2025 2b45
De acordo com o monitoramento da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o Consumo nos Lares Brasileiros cresceu 1,25% em abril na comparação com março. Já em relação ao mesmo mês de 2024, o aumento foi de 2,63%.
Em resumo, no acumulado de janeiro a abril de 2025, o indicador aponta uma alta de 2,52%. Neste ponto de vista, os dados deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA/IBGE) ainda refletem o desempenho de todos os formatos de supermercados.
Sendo assim, Marcio Milan, vice-presidente da ABRAS, destacou a influência da sazonalidade da Páscoa no resultado: “Embora o crescimento de 1,25% em abril pareça discreto, é importante considerar que ele foi calculado sobre uma base elevada, já que março registrou uma alta expressiva de 6,96%. Esse comportamento atípico em março limitou o espaço para um crescimento mais robusto no mês seguinte. Ainda assim, o consumo na semana da Páscoa avançou 16,5%, reforçando o impacto positivo da data no orçamento familiar.”
Os fatores sobre a alta do Consumo nos Lares Brasileiros
Em síntese, entre os fatores que impulsionaram o consumo em abril, estão diversos estímulos econômicos como:
--> Saque-Aniversário do FGTS: liberação escalonada de R$ 12 bilhões;
--> Programa Pé-de-Meia: transferências adicionais para consumidores;
--> Bolsa Família: ree de R$ 13,66 bilhões para 20,48 milhões de famílias;
--> Auxílio-Gás: pagamento de R$ 580,46 milhões a 5,37 milhões de beneficiários;
--> PIS/Pasep: saque previsto de R$ 30,7 bilhões ao longo do ano;
--> Requisições de Pequeno Valor (RPVs): liberação de R$ 2,8 bilhões pelo INSS;
--> 13º salário do INSS: antecipação da primeira parcela para 34,2 milhões de segurados entre abril e maio.
Junto com esses fatores, outras medidas previstas para o semestre devem sustentar o consumo das famílias. Entre elas, merece destaque o reajuste salarial dos servidores públicos federais, que injetará R$ 17,9 bilhões na economia em maio. Além disso, o pagamento do primeiro lote da restituição do Imposto de Renda, com R$ 11 bilhões destinados a 6,25 milhões de contribuintes, também deve dar sustentação ao consumo.
Por fim, o conjunto de ações e a recuperação do consumo indicam um cenário promissor para o setor varejista, especialmente no segmento de supermercados, que permanece como um termômetro relevante da economia doméstica.
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