Preço do pescado permanece estável frente à alta das demais proteínas 362t71
Enquanto as carnes bovina, suína, aves e ovos registraram avanços na inflação em novembro, o pescado teve retração de 0,16% 92d1h
17 de dezembro de 2024 235o6k
Os valores do pescado no Brasil mostraram estabilidade em novembro, mesmo com um cenário inflacionário marcado pela alta das outras proteínas animais. Enquanto as carnes, aves e ovos registraram avanços significativos nos preços, o subgrupo de pescado se destacou por uma retração de 0,16%. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado na terça-feira (10) pelo IBGE.
Essa variação mensal foi decisiva para manter o acumulado no ano da categoria em modestos 0,3%, bem abaixo da inflação geral, que já soma 4,29% em 2024. No acumulado de 12 meses, o pescado também ficou em um patamar mais controlado, com alta de 1,13%, contrastando com os 17,16% das carnes suínas e os 5,09% de aves e ovos no mesmo período.
Enquanto o pescado manteve um comportamento estável, as demais proteínas animais influenciaram diretamente na alta de 1,55% do grupo Alimentação e Bebidas no IPCA de novembro - o grupo teve a maior variação (1,55%) e o maior impacto (0,33 p.p.) na análise do IBGE para o período. A carne bovina, por exemplo, subiu 8,02% no mês, com cortes como alcatra (+9,31%), chã de dentro (8,57%) e contrafilé (+7,83%) liderando os reajustes.
Em Alimentação e bebidas (1,55%), a alimentação no domicílio ou de 1,22% em outubro para 1,81% em novembro. Já a alimentação fora do domicílio (0,88%) registrou variação superior à do mês anterior (0,65%).
“A alta dos alimentícios foi influenciada, principalmente, pelas carnes, que subiram mais de 8% em novembro. A menor oferta de animais para abate e o maior volume de exportações reduziram a oferta do produto”, ressaltou o gerente do IPCA, André Almeida.
No geral, IPCA do Brasil em novembro foi de 0,39% e ficou 0,17 ponto percentual abaixo da taxa de outubro (0,56%). Nos últimos 12 meses, foi de 4,87%, acima dos 4,76% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2023, a variação havia sido de 0,28%.
Ao detalhar os itens do subgrupo, observa-se um comportamento variado entre os pescado. Espécies populares, como tainha (-2,46%) e sardinha (-0,63%), registraram quedas em novembro, refletindo em recuos ainda maiores no acumulado do ano e nos últimos 12 meses. Já o camarão (-1,43%) e o caranguejo (-4,09%) também mantiveram tendência de queda, reforçando a atratividade para os consumidores.
Por outro lado, o peroá foi o destaque absoluto na categoria em novembro, com uma impressionante alta mensal de 20,55%, acumulando variações de 30,25% no ano e 42,66% nos últimos 12 meses. O filhote (+11,29%) e a dourada (+3,57%) também chamaram atenção, acompanhando o movimento de inflação de espécies específicas.
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Créditos da imagem: Canva
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