Governo anuncia suspensão da importação de camarão do Equador 383q68

Nesta terça-feira (3), o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) e o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciaram a suspensão das importações de camarão do Equador, com vigência a partir de 9 de dezembro. A decisão foi baseada em um relatório técnico elaborado pelo governo brasileiro após uma missão ao país para avaliar as condições sanitárias da produção equatoriana.  

 

O ministro do MPA, André de Paula, utilizou as redes sociais para comunicar a medida, após um encontro conduzido por ele e pelo secretário Carlos Goulart, do Mapa. Segundo o ministro, o resultado da análise foi uma resposta ao pleito de empresários, produtores e parlamentares que, no início do ano, manifestaram preocupações quanto às condições sanitárias do camarão importado do Equador. "O que nós estamos fazendo aqui é um trabalho em parceria entre a iniciativa privada e o governo federal que resulta na preservação dos melhores interesses do setor produtivo nacional", declarou o ministro. 

 

De acordo com André de Paula, a missão técnica confirmou que as preocupações levantadas pelos produtores brasileiros eram consistentes, o que levou à decisão de interromper temporariamente as importações do crustáceo equatoriano até que as inconformidades sejam corrigidas.  

 

Um dos pontos destacados pelo ministro foi o alto padrão de exigência sanitária aplicado à produção nacional. "Não é justo que a gente tenha tanto rigor com a nossa produção e aceite que produtos que vêm de fora não cumpram essas mesmas exigências", afirmou.  

 

Para ele, a decisão é importante pois o produtor pode constatar a confiança no sistema sanitário brasileiro. “O sarrafo aqui é lá em cima, como diz o ministro Fávaro”, acrescentou.  

 

A medida também ressalta a importância da colaboração entre o governo e o setor privado no fortalecimento da aquicultura nacional. "Nós, do Ministério da Pesca e Aquicultura, estamos muito felizes por viver esse momento, por ter contribuído para que ele acontecesse e vamos seguir lutando para fazer uma pesca e uma aquicultura cada vez mais forte no nosso País", concluiu o ministro.